Por Senryu
Olá a todos promessa é divida e venho como meu review de Turn A Gundam, uma das séries mais esquecidas da franquia, a qual a Bandai não deu muito destaque até hoje, mas com certeza para mim é uma das melhores da franquia; mas vem a pergunta porque ela é tão desconhecida?
Bom para responder esta pergunta vai um pouco do histórico de produção desta série (e também os prós e contras fixar melhor isto); Turn A nasceu de uma sinuca de bico da Bandai, desde que momento que Tomino se demitiu da Sunrise (muito devido a depressão que ele sentiu durante Victory Gundam, que se via com nitidez na série e acabou sendo causada por problemas pessoais e também pelas pressões que passou durante a série), com isso a Bandai não quis esperar pela recuperação de Tomino e resolveu criar os universos alternativos (afinal se suas criações fossem muito mau poderiam apelar e dizerem que não fazem parte do "universo principal") com isso nasceram G gundam (fez muito sucesso entre as crianças, vendeu muitos gunplas, mas é crucifica pelos fãs da franquia no Japão principalmente até hoje junto com Turn A, além de ter sido um fracasso de audiência no Japão, mas acreditem sucesso em homevídeo nos US), Gundam X (com o infeliz título de única série de gundam cancelada até hoje; o gundam original também foi encurtado de 50 para 43 episódios mas foi comum acordo entre Sunrise/Bandai/emissora, o caso de X foi mais grave pois a emissora exigiu o cancelamento é dizem que a Bandai/Sunrise teve que implorar para conseguirem espaço o suficiente para darem um final digno, o resultado é que a série que passava às 17 horas do domingo, horário nobre foi empurrada para a madrugada de sexta para sábado às 1:30 da manhã na época local para os "rejeitados"; teve um final mas teve a previsão de episódios diminuída de 45 para 39 episódios) e Gundam Wing (a série não fez muito sucesso no Japão, só quando lançaram Endeless Waltz é que alcançou alguma fama; nem quando lançaram "antecipadamente" alguns modelos em super robot wars ajudou na época!; apesar de junto com Zeta, ser uma das responsáveis pela fama internacional de gundam, principalmente US e parte da Europa, ela só ficou no radar do público japonês quando lançaram o filme que não era o tradicional resumo, mas uma continuação e com isso aí sim decolaram as vendas de Gunplas e dos DVDs, tanto que até hoje, são os referidos produtos da franquia gundam mais raros de se encontrar à venda!!! junto com Turn A), trocando em miúdos a Bandai por si só não conseguiu criar uma série de TV de Gundam que fosse um "megaton" dentro e fora do Japão e resolveu no aniversário de 20 anos da franquia convidar para dirigir os projetos de aniversário advinha quem..., chamaram o Tomino de volta e fazendo parte disso ele desenvolveu 3 projetos (2 filmes é uma série de TV) que foram: o "remake" do filme resumo de Gundam 079 (basicamente o que fizeram foi refazer varias cenas e deixar tudo melhor resumido em um filme de três partes; se quer conhecer o Gundam original é o meu conselho é que assista esta compilação, pois além de ser mais rápido, ele conta de maneira rápida e sem "gorduras" o melhor da série, além dos principais fatos ocorridos; só adiciono umas duas notas com relação ao 0079: o Ohayou chegou a legendar esta compilação, mas o sub fechou, então encontrar em português é uma raridade, mas em inglês é fácil; mas caso deseje ver à série toda, já pode ver em sua totalidade em português feita pelo Quebeley, é só procurar e escolher como prefere: stream, download ou torrent, nisso o tio Google ajuda fácil...), um novo filme resumo de Zeta (também em 3 partes chamado a New Translation, vem com muitas cenas novas, junto com um novo final que praticamente desmonta o argumento inicial de ZZ Zeta Gundam, que era a busca por um novo piloto, traduzindo não se tem motivos para o Judau aparecer o que praticamente estingue ZZ Zeta se for considerar este filme) é o assunto para deste review que é Turn A, mas para tocar estes 3 projetos o Tomino fez exigências como: total liberdade na direção, escolher a dedo quem iria trabalhar nas séries com ele e que a Bandai não interferisse no processo de criação.
Mas com Turn A o Tomino acabou criando várias coisas que direta ou indiretamente influenciaram tanto a franquia gundam dali em diante, quanto as redes exibidoras e produtoras!!! (vou explicá-las melhor no meus prós e contras).
Foi bom
- Foi a ultima série da franquia gundam animada no processo tradicional (ou seja feita a mão), com isso os mechas ganharam um detalhamento impressionante, coisa que se demorou anos para se ser atingida novamente em um nível próximo (só com as séries HD da franquia ou seja com: 00, Age e Seed HD Remaster, só na HD remaster e conseguiram chegar há um nível de detalhamento próximo ou maior que Turn A e no Seed Remaster eles praticamente tiveram que redesenhar muitas cenas para conseguir isto; principalmente quase todas as cenas do Freedom e do Justice...).
- Aliás a série é um delírio visual a animação dos mechas, os veículos, cidades, até o caracter design é tudo uma jornada visual (recomendo se for desenhista que baixe o artbook desta série que é fantástico), apesar de que por causa disso esta série ganhou o apelido de o gundam riponga no Japão (e alguns lugares do mundo também).
- Foi a primeira é até aqui a única série da franquia gundam à ganhar o prêmio de melhor anime do ano (de quebra ainda no mesmo ano levou o prêmio internacional de melhor animação, premiação que normalmente fica fechada nos filmes japoneses de animação ou nas séries americanas de animação).
- É uma das poucas séries com roteiro coeso na franquia, são 50 episódios sem capítulos de resumo, sem enrolação; tudo está lá para apresentar vários aspectos do conflito (sim conflito, pois estas é uma das raras séries da franquia gundam que não descambam para uma guerra total).
- Praticamente trouxe a vida uma nova faixa de horário; a madrugada era reservada para aquilo que não tinha apelo comercial ou os excluídos (que estavam para serem cancelados) é ao verem que a obra de Tomino chamou a atenção (principalmente sobre a franquia gundam em geral) começaram mais e mais produtoras a "brincar" com o horário de madrugada e jogaram os animes mais adultos para lá, aproveitando o horário que tinha uma censura que dava mais liberdade é que eles achavam morto, mas era rico em adultos e jovens, que queriam ver um programa que falasse com eles e que principalmente compravam ávidos os box de DVD (a audiência de Turn A não foi boa relacionada à outras séries, mas também Turn A foi a única a ir nesta faixa, mas a venda de DVDs surpreendeu a Bandai; nota os gunplas foram um fracasso de vendas).
- Aliás aqui roteiro é algo que em Turn A é ame ou odeie, pois basicamente o Tomino pega praticamente todos os conceitos jogados até ali pelas séries "alternativas" da Bandai de gundam (e alguns até dele mesmo apresentados em outras séries da franquia) é os joga fora como por exemplo:
- O pouco destaque para as personagens femininas, aqui isto é triturado(o centro politico da trama é movimento a maior parte, pelas trocas de papel entre Diana Counter e Kihel Heim).
- Sociedade futurista que se parece com o hoje em dia é aqui descartado (e que era um recurso comum do Tomino e copiado pela Bandai até hoje para uma identificação mais fácil do público), o que se tem é uma sociedade destruída pela guerra; tanto na terra quanto no espaço, que começa a redescobrir a tecnologia do passado, mas vivem como se tivessem em na década de 20 ou 30 do século 20.
- Destaque na ação que ra o que se fazia nos gundams "alternativos", aqui é o estilo Tomino que predomina que é a ação curta, rápida é eficiente; o que se destaca é o contar da estória principalmente mostrando o lado civil e politico do conflito (isto a Bandai tentou fazer uma coisa ou outra com suas séries "alternativas", mas nunca os dois e sempre procurava focar na ação; ou nos casos que tentava emular o estilo rápido de Tomino, não acertava na receita como em 00 1ª temporada ou Wing; após Turn A passou a ser obrigação mesmo que de relance destacar isso em maior ou menor quantidade).
- Turn A é um mecha com poderes totalmente exagerados, mas que são redescobertos com o tempo pelo seu piloto Loran e revelados pela trama, mas no fim o Turn A serve bem ao proposito da série (outra coisa que passou a ser meio que uma "tradição" da franquia, o mecha principal deve ser quase um super robot, apesar do 00 gundam, do Qaun[T] e dos da franquia Seed; é estou falando de vocês quase todos os MS da série ZGMF-X ou XX; e do AGE-FX serem mechas absurdamente fortes em poder de fogo e de destruição, o Turn A tem o sistema mais absurdo da franquia o Moon Light Buterfly, o que o torna o gundam mais poderoso de todos os tempos; até aqui; mas não se preocupem isso só é redescoberto perto do fim da série).
- Apesar de aparecer poucos mechas, eles são diferentes e bem funcionais (outra coisa que a Bandai aprendeu) não adianta só mostrar um bando de mecha diferente, tinha que mostrar que tinham um proposito é também algo que os diferenciava, nas séries seguintes foram criados mechas criativos, mas nunca conseguiram algo do nível de criatividade do sistema "lego" do Turn X (pesadelo dos projetistas de gunplas da Bandai...junto com o Zeta que só conseguiu um frame estável de gunpla só aparentemente no real grade).
- Uma trama leve, divertida e acredite com humor peculiar, destacando o bom momento do diretor no momento (peculiar pois a maioria das piadas do Tomino fez satirizando algumas coisas que a Bandai o fez passar como por exemplo o caso da "Laura", que é meio uma sátira ao modo do diretor da "lenda" da proibição de por uma protagonista feminina em Zeta; ele acabou mantendo o nome da mesma maneira e fazendo piada com isso no começo de Zeta também; ele acabou fazendo isso em Turn A nem que fosse por disfarce e para fazer piada), aliás mais piadas vinham do design de Syd Mead, com os apelidos dos mechas como olha lá o melão, ou lá vem o bigodão!!!(escolhido este cara a dedo pelo Tomino para ser o líder do mecha design e mecanical design e que mora nos pesadelos do setor de projetos de gunpla da Bandai, é só ver que o maior número de "bonecos" da série Turn A saíram na mão de outras empresas, se me lembro só tem uma linha de 1 linha de gunpla para esta série, enquanto as outras tem pelo menos 2).
- Outra coisa que foge um pouco do que Tomino fez antes (só exclua o Gundam original que foi o mais próximo que ele chegou disso é em parte Zeta também) é não fixar um vilão; coisa que a Bandai nunca fez em suas séries após Turn A, sempre fez questão de marcar um vilão (marcante ou não); todos são personagens que agem e reagem ao conflito, alguns com ganância, ambição ou até mesmo tentando controlar o conflito através de manipulação outras com heroísmo e mudando algumas convicções em nome de um bem maior (e isto tornou a trama bem realista, a única que chegou perto disso foi 00; apesar dos exageros da 2ª temporada em diante), o mais próximo de vilão que tivemos foi o Gym Ghingnham que era com um touro louco.
- Um protagonista que luta através do pacifismo; isto foi um conceito que a Bandai abraçou e incluiu na maioria dos seus protagonistas pós Turn A (só exclua disso Shin Asuka é o Flit Asuno) mas isto é algo que ela ainda não sabe implantar em seus projetos de modo factível como foi em Turn A; o mais próximo disto foi o Setsuna; o Loran por exemplo, não queria lutar, mas quando tinha que lutar, ele sabia que era um confronto de vida ou morte e que tinha que evitar que o conflito vira-se uma guerra, ele evitava lutar para matar, mas se não tivesse outra alternativa, matava e não ficava choramingando como alguns protagonistas; é Kira estou falando de você).
- Outra coisa ótima em Turn A e que se passou a tratar melhor na franquia foi a trilha sonora (graças a isso se passou a tratar bem também as musicas incidentais e com isso a franquia passou a entrar no radar de vários cantores pop e rock japoneses), a trilha é simplesmente fantástica, é a trilha criada principalmente por Yoko Kanno é forte até hoje!!!, nisso se destaca Moon ou se preferir o nome original tsuki no mayu:
O título do vídeo não é a toa, é o melhor tema da franquia ou um dos melhores, depende do seu gosto.
- Loran é um principal que se destaca por vários motivos, pela filosofia, visual diferente (um negro de cabelos brancos, aliás o primeiro protagonista negro da franquia, aprenda isto também Bandai e faça uma protagonista mulher, pois além de ser o que falta de diferente, é a maneira de atingir homens e mulheres ao mesmo tempo sem ter que apelar para o visual bisoujo; não deu certo desde Wing e teimaram na franquia Seed é em 00, para novamente tentarem fazer uma mistura com o espirito dos visuais de super robots antigos com isso e acabou ficando um pouco esquizofrênico em AGE); além de tudo isso o Loran não é como os seres deprimidos que tem vindo repetidamente na franquia uma coisa que reclamo é que parece que virou requisito básico para ser piloto (principal) na série gundam, que é ter um trauma e através do trauma ele se torna o cara "fodão", o Loran é um cara positivista, sem ser surreal (feito uma princesa bombom), ele procura ver também o outro lado, tem suas tristezas, mas sabe reagir a elas (por isso que o Asemu Asuno se destaca entre os personagens de AGE é o segundo arco é tão bom! e também por isso não é over quanto o caso do Shin que é caso para internação urgente!!!).
Depois deste longo texto destacando os pontos positivos vem aí um texto curto (por que não sou cego), mostrando o que não deu certo em Turn A.
Foi mediano
- O diretor sabia que tinha que apresentar um mundo totalmente diferente dos outros gundams (diferente da Bandai que tenta vender esta série como os outros até hoje!!!, uma curiosidade sobre isso o Tomino para facilitar o lado da Bandai, foi o primeiro diretor a deixar todas as mensagens e textos que apreciam na série no padrão do inglês, para facilitar as vendas internacionais é isso só acabou se tornando padrão do estúdio somente em Gundam 00) e por causa desta apresentação de mundo, os 6 primeiros episódios são meio arrastados, não chega a ser muito chato, mas se está acostumado com as séries da franquia após Turn A, vai achar muito lento o ritmo, mas eles servem para apresentar o mundo e como ele se comporta ao que ocorre e reage ao conflito (para ter uma ideia o gundam só aparece no segundo capítulo!!!), mas depois disto se tem uma ótima estória para curtir, sendo que ela se apresenta de modo leve, ágil e divertida, mas muito diferente de tudo o que se viu na franquia.
O que foi ruim
- O mecha design é de longe um dos piores da franquia (disputa com Victory e G gundam o título de pior conjunto de designs), aqui lembra pouco a franquia gundam, além de um aspecto "gorducho" dos MS, mas tem a vantagem de serem funcionais, mais ainda sim feios de doer, aqui não foi um dos melhores trabalhos de Syd Mead (tanto que o mesmo não cita no currículo dele este trabalho), mas ele tinha potencial, pois fez designs genias para vários filmes de ficção cientifica em Hollywood (como Blade Runner, o melhor trabalho dele), mas aqui foi pouco inspirado na parte de mechas (os melhores são a releitura do Zaku, o "Borjarno", o Karpol que se vê vez outra em séries da U.C; como no Unicorn episódio 4 é o conceito do Turn X).
Conclusão
Para assistir Turn A você deve primeiro ver como uma série normal de anime, esqueça o nome gundam que tem no título, assista como se NÃO fosse uma série da franquia, vai se divertir muito mais, se gosta de uma boa estória e de um mundo bem construído esta é a série certa para você.
Dou a ela a nota 9, 8 para mim é a melhor das séries do Tomino na franquia gundam (se não para mim a melhor série da franquia), é uma série que me surpreendeu em todos os aspectos, nem parece o mesmo diretor que dirigiu o "dark" Victory, o drama de guerra que foram Zeta é 079, é um outro clima, um outro mundo, é uma outra série que passou a ditar os novos rumos da franquia dali em diante.
E com isso Tomino passou à dar dor de cabeça para os maníacos por timeline, pois esta série é o ponto de encontro de TODAS AS OUTRAS SÉRIES ATÉ ALI, por isso é meio confusa a linha de tempo; dica não tente entende-la pois o básico é cada série tem sua própria linha (todas as séries do Tomino de gundam, mais as variantes da UC como Victory, F91 e Unicorn fazem parte da mesma linha) e cada série "alternativa" corre paralelamente a eles e se ligam por Turn A é as séries feitas após Turn A são linhas distintas correndo por "fora" desta linha.
Esta é uma timeline baseada na que a Bandai Entertainment manteve no site oficial(americano)da franquia e que foi fechado quando divisão de homevídeo americana foi fechada no inicio deste ano (mais exatamente 1 de Janeiro de 2013) é os negócios centralizados no Japão (o que resultará em caixas caras, só tendo como opção o Japão, e momentaneamente em uma confusão de quem negocia os direitos nas Américas, mas ao menos as séries mais recentes lançadas em DVD e Blu-Ray tem na sua maioria por default inglês como opção de menus e de legenda, fica a dica.
E terminando desejando a todos um feliz ano novo, um ano de realizações e felicidades!!! (e com mais sorte do que eu!este ano!) e não sabem o quando foi divertido rever desde o natal Turn A todo e estar escrevendo isto ao som da trilha sonora desta série).
Segunda abertura da série
Links Utéis
Loran o protagonista mais sacaneado pelo próprio roteirista/diretor da série...
Não é Zaku!, é um Borjarno!!!
Uma das muitas artes que deram a fama de riponga a série...
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