Por Senryu
Em primeiro lugar me desculpem por tanto tempo sem postagens, não vou me alongar com desculpas mas devo no fim, sim, devo alguma justificativa ao menos!; tive problemas de doença na família, e junto de outros problemas acabei ficando algum tempo fora de casa e de licença no trabalho, na volta a minha vida ficou uma bagunça pra acertar meu dia a dia, mas as coisas estão voltando ao lugar agora.
Então vamos ao assunto deste post que é a franquia Pretty Cure que a TOEI por muitos anos tentou emplacar aqui no ocidente, mas nunca diretamente aos principais mercados como USA e América Latina; daí resolveram apelar para adaptações!, inicialmente chegaram até a anunciar (por volta de 2007/2009)que lançariam desde o inicio pela 4Kids, mas os resultados ruins da empresa junto com uma onda de criticas pelas péssimas adaptações da 4Kids, fizeram que com mesmo já anunciando o lançamento, que fosse cancelada à adaptação (mas já tinham anunciado no mercado de home vídeo dos USA e alguns já tinham feito pré compra) o jeito pra não enfrentar um processo foi após a reestruturação da Bandai Entertainment (que foi fechada é a Bandai/TOEI revisarão série por série os direitos)foi em delegar a distribuição à uma produtora pequena em 2015 que no mesmo ano lançou (então caso não saibam; não foi Glitter Force/Smile Precure! a primeira série da franquia a vir e sim Futari Wa Pretty Cure/ Pretty Cure, sem cortes e com as mesmas canções que o original), mas teve um lançamento bem pequeno em home vídeo e passou quase desconhecido, só ganhou mais fama porque a TOEI resolveu se associar a Saban pra trazer a franquia Pretty Cure pro ocidente numa parceria com o Netflix, bom o resultado disso?
Vão ver melhor nos prós e contras das séries, mas já adianto que a primeira série foi um desastre de tal proporções que fez a TOEI no meio da série Glitter Doki Doki re-adquirir a franquia e intervir durante toda a produção nos Estados Unidos de Doki Doki.
Glitter Force/Smile Precure
Anos atrás eu tinha visto esta série e "re-vendo" a versão Saban, bom posso dizer que todo o estrago não é só do que a Saban fez, já adiantando vou comentar a versão japonesa e americana num só review!, então se preparem pra um monte de parenteses e comentários meio que sobre coisas repetidas.
Foi bom
- As canções no original eram cativantes e grudavam fácil no ouvido! e na versão americana fizeram um ótimo trabalho de adaptação!, mantiveram os mesmos encerramentos em 3d, mas traduziram as canções e por incrível que pareça nessa série elas não perderam força, ouso dizer que o terceiro encerramento até melhorou em inglês!
- Na série original se tinha um grande elenco de vozes mas sinceramente só a Misato Fuken (Emily/Miyuki) se destacava do elenco, no Brasil esta série dublada e foi um desafio e tanto de se ver, de começo foi dublada em Miami (se tem dublagens passáveis de Miami e outras medonhas, esta série se encaixa no segundo caso!); mas não devo mentir que teve duas atrizes que entenderam seus papeis desde o começo e deram seu melhor do começo ao fim da série que foram as que fizeram a Kelsey/Akane e Chloe/Reika, a péssima dublagem no geral causou caso nas redes sociais e as criticas serviram pra uma melhora geral na dublagem e numa direção de dublagem melhor na segunda temporada, mas não muda o fato que a dubladora da Emily/Miyuki foi muito mal escalada e junto com uma má mixagem de som doía ouvir ela.
- O episódio 28 (35 na série original) é disparado o mais divertido de toda a série e assistam em português é um dos raros casos de o episódio e tão divertido que contagia o elenco! é disparado um dos melhores dublados.
Foi ruim
- A lista é longa...; mas vamos começar com o que é culpa da Saban, primeiro com a adaptação de texto!, eles jogaram um monte de coisas pra encobrir coisas da cultura Japonesa (entendam mesmo cortando episódios, alguns ligados a coisas da cultura como a Golden Week/Semana das crianças, festival de fim de ano entre outros episódios eles não cortaram mas outros como a semana cultural e o festival escolar foram normalmente ao ar? e não parou por aí várias termologias da série foram modificadas para dar um ar mais de Power Rangers e no fim isso pegou muito mal!
- Dublar em Miami não foi definitivamente boa ideia!, salvo uns raros achados o elenco em geral foi terrível!
- A série original já sofria do problema de não saber onde se focar, pois o tema central eram contos de fada, mas as histórias da série se focavam em questões de pré adolescentes; então em vários momentos vendo o original não sabia se focava em crianças ou adolescentes, é a Saban focar mais o texto de modo infantil piorou as coisas!
- 40 episódios me pareceram uma eternidade (e detalhe que ainda teve 8 episódios foram cortados!); mesmo a média de 45/50 episódios da franquia faz ela sofrer de gigantismo, então cortar editar alguns episódios pra deixar a trama mais enxuta; eu acho preferível! (minha opinião pessoal), mas dá pra entende a questão de cortar/não cortar; mas o real problema foi como foram feitos os cortes!, os cortes de qualquer jeito da Saban não serviram para simplificaram a trama!, serviram mais pra cortar referências a cultura Japonesa e quando não puderam cortar pois o episódio era importante pra trama tentaram de um modo embaraçoso esconder a referência!, o que tornou o remendo pior que o soneto!
- A dubladora da Emily/Miyuki era insuportável na primeira metade da série é isso vindo de uma protagonista é terrível pra série em si!; ela melhorou muito na segunda temporada, mas me criou a péssima mania de abaixar o som da TV toda vez que via a cara da personagem dela na TV!
- O final da série já não é dos melhores, ainda mais forçado com um dos piores grupos de vilões; as Bad End Pretty Cure (o grupo tão genérico e tão tolo que só serviu pra tornar as heroínas mais fortes!)é adicione os termos e a dublagem da Saban só deixou as coisas ainda piores!
Conclusão
Se o povo estava temeroso com a adaptação da Saban, bom eles foram capazes de realizar os piores medos de uma só vez!; não vou ser idiota ou um odiador e negar o que fizeram de legal que foram as canções e ao menos tentar reduzir o número de episódios.
Mas de uma série mediana (eu daria nota 6 ao original, tem alguns personagens fora do comum do mahou shoujo como a April/Nao e a Kelsey/Akane, mas no geral a série já era fraca e não muito memorável)e ainda com o "plus" do trabalho da Saban; bom pode parecer injusto pois se nota um esforço em melhorar na segunda metade!; mas pra mim tem que se ver o geral da série e eu daria uma nota 3!; a primeira metade; salvo alguns personagens; a Saban a tornou uma tortura de se ver!, foi um espetáculo insuportável de se ver e pra mim dou toda a razão aos vários movimentos pra que trouxessem as outras séries de Pretty Cure por outra distribuidora, mas a Saban tinha a licença por duas séries além de toda a licença da franquia e não teria medo de usa-la!
Se querem uma recomendação passem longe de Glitter Force!, mas se realmente quiserem ver?, procure e veja Smile Precure!, mas sinceramente tem coisas melhores pra ver se ver por aí!
Não somos os Power Rangers!!!
Corram e tragam os tampões de ouvido!, e diminuam o som da TV!
Os detalhes se tornaram mais recentes, mas diante do desastre a TOEI tomou medidas sérias pra tentar salvar a franquia, como supervisionar todo o trabalho da primeira metade adaptação da animação e num segundo movimento ela resolveu recomprar os direitos da franquia e produzir por conta própria o resto da segunda temporada (isso os direitos no ocidente, mas acho que foi mais um movimento pra evitar a confusão que por exemplo Pokémon tem!, com os direitos dos filmes de 4 a 9 estão com a Disney e com isso a Viz/Pokémon Company não puderam usar o fim original do filme 20 e tiveram que reedita-lo e talvez com isso a TOEI ficaria em paz de continuar por conta própria distribuindo a série e sem preocupações com os filmes que muitos dos recentes tem encontros de várias cures de várias séries!); só um fato que acho engraçado é que a imprensa recebeu bem Glitter Force, mas sinceramente eu entendo os fãs e entendo as suas criticas!; aliás mais outro fato curioso; a Saban continuou creditada na segunda temporada mesmo mal trabalhando nela!
Foi bom
- Acho que muito dos erros da série anterior foram corrigidos aqui, mesmo no original a série sempre se focou mais nos adolescentes, além de ter uma adaptação no Netflix sem termos forçados e feita de modo bem competente!
- Trazer pra dublar no Rio de Janeiro foi uma ótima decisão pra série já era bem dublada na primeira temporada, mas na segunda temporada ficou ainda melhor!
- A atriz que fazia a Rachel/Rikka de começo parecia perdida mas com o tempo se tornou a melhor do elenco foi um grande crescimento em interpretação!
- A série tinha uma protagonista melhor e muito mais "realista"!, a série no geral colheu bem os frutos disso é a dubladora da Maya/Mana passou muito bem o positivismo da personagem sem soar forçado!, dominou otimamente o papel do inicio ao fim da série!
- Manter algumas coisas da tradição japonesa com respeito e sem cortar foi uma ótima decisão em especial o episódio da cerimônia de chá, sincero, engraçado, divertido e falando direto as pessoas!
- As musicas mantiveram a boa qualidade!
- Apesar de "forçado" como apareceu; o vilão final, eles souberam bem ver os vazios da série anterior e dar conteúdo a "lição" final dando um fim satisfatório, de certo modo apesar de temas diferentes a abordagem das duas séries é sobre o mesmo assunto o negativismo e sendo sincero!, Doki Doki soube ser mais direta e franca no assunto e ainda por cima falando pro público certo!
Foi ruim
- Sinceramente séries que sofrem de gigantismo, eu não sou contra resumir episódios ou fazer cortes!; no Japão mesmo algumas das mais populares sofrem cortes pra se transformarem em filmes!, se em Glitter Force/Smile Precure! o corte ainda ficou grande, aqui as vezes sinto que se tivesse mais uns 2 ou 5 episódios a mais pra desenvolver melhor o crescimento emocional e de poder das Cures/Glitter´s estariam de bom tamanho, pois algumas personagens na série original demoram mesmo pra superar certas coisas e na adaptação acabou forçado por causa dos cortes como foi com a Maya/Mana e Clara/Alice.
- Na próxima adaptação sejam mais sinceros!, não reclamo de adaptar certos nomes pra ficar mais fácil pro público!, mas mexer em nomes que não precisavam?, eu sinceramente acho que com o trabalho que fizeram em Doki Doki dá pra tanto o original quanto a adaptação conviverem juntos!
- Falta de coragem em desenvolverem o romance entre Ira e Rachel/Rikka, eu achei algo interessante, mas que ficou largado no fim da série e no final não andou absolutamente nada!
Conclusão
Aqui temos uma mudança do esgoto para o vinho, a produção melhorou muito, o cuidado com a dublagem e tudo mais, me faz esperar que renda frutos!, mas realmente entendo a dificuldade de recomendar uma série que tem uma entrada tão ruim e uma segunda série tão boa, talvez o melhor seja veja Doki Doki e passe direto da Glitter force original (em termos de enredo não faz diferença mesmo!).
Eu daria uma nota 8 tanto ao original quanto a Glitter Force Doki Doki, ambas as séries são agradáveis de se ver, com um bom elenco, uma boa história, talvez a Glitter Force Doki Doki tenha a vantagem de encurtar a enrolação para o poder total das Cure´s/Glitter´s que o fim da série tem, mas ao mesmo tempo perde um pouco de carga emocional com isso é um raro caso que você ganha algo com qualquer uma das duas séries!
Num mercado "dominado" por Miraculus Lady Bug e Winx é bom ver um "mais tradicional" mahou shoujo, se a TOEI souber adaptar bem e manter esta parceria com o Netflix acho que pode encontrar o seu espaço no mercado!, só na minha opinião seria bom abandonar o nome Glitter Force e abraçar o nome original no ocidente Precure!/Pretty Cure, com um acertos aqui e ali (manter o nome Pretty Cure!, sabedoria ao adaptar os episódios, manter a boa adaptação de nomes sem inventar onde não precisa), acho que conseguem cimentar o lugar da franquia no ocidente!
Links úteis
Espero que tenham entendido o recado! E adaptem direito se não vão se ver comigo!
Prontas meninas!
Trailer da segunda temporada!